sexta-feira, 16 de março de 2018

O SISTEMA VISUAL

VISÃO

O sentido da visão é complexo e elaborado. É importante conhecer as características da onda luminosa. Vejamos a figura a seguir:


A figura nos mostra algumas características das ondas eletromagnéticas e o que realmente conseguimos perceber no nosso dia a dia.

Com isso, podemos concluir que o sistema nervoso só percebe a faixa de frequência da luz visível.

A luz, tal como o som, também se propaga por meio de ondas, embora as ondas luminosas tenham características diferentes das sonoras. As principais diferenças entre elas são:



SENTIDOS ESPECIAIS

Para continuarmos com nosso estudo, é importante conhecer o órgão receptor das ondas luminosas e observar suas características.

A visão é um dos sentidos especiais do corpo humano, faz parte do sistema nervoso sensorial e, através das vias aferentes, carrega toda informação dos órgãos, do sentido até o sistema nervoso.



OLHO

O mecanismo da visão acontece através dos olhos, e é a incidência de luz visível nos olhos que fornece a energia necessária para que células especializadas, localizadas em seu interior, sejam excitadas. A interpretação físico-biológica da excitação produzida por essa radiação eletromagnética depende da estrutura do receptor de luz ou do olho (cf. DURÁN, 2010).

O olho é o sistema óptico do ser humano, em que a luz passa por uma abertura variável denominada pupila e é focalizada na retina pelo sistema córnea/cristalino.

A luz, inicialmente, percorre a córnea, o humor aquoso, a íris, o cristalino e o humor vítreo antes de atingir a retina, onde a imagem real invertida do objeto será formada. A partir dessa etapa, o nervo óptico irá transmitir, por meio de estímulo elétrico, a informação para o cérebro (córtex cerebral).


O mecanismo de formação da imagem ocorre por refração da luz, e o principal meio refrativo do olho é a interface ar/córnea. Isso ocorre devido à grande diferença no índice de refração do ar e da córnea.


FORMAÇÃO DA IMAGEM

O olho humano é um sistema óptico convergente que refrata a luz que o penetra pela pupila e converge para sua porção posterior, a retina, para formar uma imagem real e invertida (cf. PASSOS, 2008).

Diante disso, vejamos, na figura a seguir, de forma simplificada, o processo de formação da imagem real, desde a entrada da onda luminosa no olho, onde ocorre a refração da luz, até a formação da imagem no córtex cerebral.


Já na figura a seguir, podemos observar o trajeto da visão dentro do sistema nervoso: nervos ópticos - quiasma óptico - trato óptico - corpo geniculado óptico - radiações ópticas - córtex cerebral. Vejamos:


LENTES

Para compreendermos melhor a descrição da formação da imagem pelo olho, precisamos retomar alguns conceitos sobre os tipos de lentes e como elas formam a imagem.

As lentes são dispositivos ópticos que atuam por refração da luz, em geral, feitas de material mais refringente do que o meio em que serão utilizadas. Elas podem ser do tipo Convergente ou Divergente.




DISTURBIOS VISUAIS

Quando o globo ocular apresenta alguma dificuldade para focar a imagem sobre a retina, as imagens formadas não são nítidas. Essa condição é definida como ametropia ou erro de refração. Vejamos os tipos de ametropia:










REFERÊNCIAS:

DURÁN, José Enrique Rodas. Biofísica: fundamentos e aplicações. São Paulo: Pearson, 2010.

MOURÃO JÚNIOR, Carlos Alberto; ABRAMOV, Dimitri Marques. Curso de Biofísica. Rio de Janeiro: Guabanabara Koogan, 2010.

HENEINE, Ibrahim Felippe. Biofísica básica. São Paulo: Atheneu, 2002.

OLIVEIRA, Jarbas Rodrigues de; WÄCHTER, Paulo Harald; AZAMBUJA, Alan Arrieira. Biofísica: para ciências biomédicas. 2. ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004.

PASSOS, Erinaldo Costa. “Comportamento ótico do olho humano e suas ametropias”. Caderno de Física da UEFS, v. 6 (01 e 02), 2008.


DICAS:

Para aprofundar-se mais ao sentido da visão, assista ao vídeo “A Visão: janelas para o Mundo”, da coleção “O Corpo Humano” ― Superinteressante Coleções. Disponível aqui. Acesso em: 30 jun. 2015.

Para saber mais sobre as estruturas do olho e sua função no processo de formação da imagem, assista ao vídeo “Olho” ― Anatomia 1. Disponível aqui. Acesso em: 01 jul. 2015.

domingo, 8 de outubro de 2017

NASCIMENTO DA BIOFÍSICA

Você sabe como e quando nasceu a Biofísica?

A Biofísica, como ciência, tem origem no século XIX, com objetivo de explicar os fenômenos biológicos utilizando os conhecimentos dos princípios físicos.

O conhecimento da Ciência Física fundamenta vários fenômenos biológicos, como aspectos elétricos, gravitacionais, magnéticos e até mesmo nucleares.



Composição dos seres vivos e do universo 

Para iniciar o nosso estudo precisamos responder duas perguntas:

De que se compõem os seres vivos? Os seres vivos são compostos por matéria (massa), que utilizam e produzem energia, e ocupam lugar no espaço e vivem na dimensão do tempo.


Qual a composição do universo? O universo é composto por: Matéria (M), Energia (E), Espaço (L) e Tempo (T).


Tipos de grandeza
Agora que já sabemos as composições dos seres vivos e do universo, vamos estudar os tipos de grandezas. São eles:


_GRANDEZAS FÍSICAS, FUNDAMENTAIS E DERIVADAS.

# Grandeza físicaGrandeza Física é tudo aquilo que pode ser medido, associado a um valor numérico e a uma unidade.

As grandezas físicas estão relacionadas aos ritmos biológicos circadianos:

Ritmos termorregulação = Temperatura do corpo.
Ritmos no sistema respiratório = Frequência respiratória.
Ritmos no sistema cardiovascular = Batimento cardíaco.

# Grandezas Fundamentais
As Grandezas Fundamentais formam o universo (seres vivos) – qualitativas. Vejamos: 

1. Matéria
    Qualquer substância que ocupa lugar no espaço, representada pela quantidade de massa de um 

    corpo. 

2. Energia

    Capacidade de gerar trabalho. 


3. Espaço    Relação de distâncias, comprimentos, áreas e volume dos objetos.

4. Tempo    Sucessão de acontecimentos, de ordem natural como dia e noite, fenômenos físicos, químicos e
    biológicos.

#Grandezas Derivadas
As grandezas derivadas são a combinação das grandezas fundamentais – quantitativas – representas pelo Sistema Internacional de Pesos e Medidas.


Grandezas físicas fundamentais
Vejamos, na tabela a seguir, as grandezas físicas fundamentais estabelecidas pelo S.I.:


REFERÊNCIAS

CORSO, Gilberto. Os conteúdos das disciplinas de Biofísica e a Física. In: Revista Brasileira de Ensino de Física, 2009. v. 31, n. 2, 2703.

MOURÃO JÚNIOR, Carlos Alberto; ABRAMOV, Dimitri Marques. Curso de Biofísica. Rio de Janeiro: Guabanabara Koogan, 2010.

HENEINE, Ibrahim Felippe. Biofísica básica. São Paulo: Atheneu, 2002.

OLIVEIRA, Jarbas Rodrigues de; WÄCHTER, Paulo Harald; AZAMBUJA, Alan Arrieira. Biofísica: para ciências biomédicas. 2. ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004.

RODAS DURÁN, José Enrique. Biofísica: fundamentos e aplicações. São Paulo: Pearson, 2010.


DICAS:

Para saber mais sobre os conteúdos estudados nesta aula, acesse os sites a seguir:
http://www.inmetro.gov.br/consumidor/unidLegaisMed.asp.
http://iseib.edu.br/biblioteca/wp-content/uploads/2013/05/Fundamentos-de-Biof%C3%ADsica.pdf.
http://portal.virtual.ufpb.br/biologia/novo_site/Biblioteca/Livro_3/5-

sexta-feira, 14 de julho de 2017

HIPOTIREOIDISMO E HIPERTIREOIDISMO

A tireoide é uma glândula endócrina importante para o funcionamento homeostático do organismo. Ela é responsável por liberar os hormônios T4 (tetraiodotironina ou tiroxina) e T3 (triiodotironina), estes hormônios são responsáveis por estimular o metabolismo, isto é, o conjunto de reações necessárias para assegurar todos os processos bioquímicos do organismo.

O hipotireoidismo e o hipertireoidismo são a disfunções da glândula tireoide, sendo que o hipotireoidismo é a baixa ou nenhuma produção do hormônio e o hipertireoidismo é a produção excessiva dos hormônios. Esta patologia é mais comum em mulheres.



SINTOMAS

Hipotoreoidismo: Cansaço, depressão, adinamia (falta de força física e/ou moral), pele seca e fria, prisão de ventre, diminuição da frequência cardíaca, decréscimo da atividade cerebral, voz mais grossa, mixedema (edema firme e elástico), diminuição do apetite, sonolência, reflexos mais vagarosos, intolerância ao frio; alterações menstruais e na potência e libido dos homens.

Hipertireoidismo: Hiperativação do metabolismo, nervosismo e irritação, insônia, aumento da frequência cardíaca, intolerância ao calor, sudorese abundante, taquicardia, perda de peso resultante da queima de músculos e proteínas, tremores, olhos saltados (exoftalmia), bócio (aumento de volume da glândula tireoide), comprometimento da capacidade de tomar decisões equilibradas.

CAUSAS

O hipotireoidismo pode ocorrer por doenças autoimunes na qual o organismo produz anticorpos que danificam a tireoide, um exemplo é a Tireoidite de Hashimoto que diminui a capacidade da tireoide produzir seus hormônios específicos T3 e T4. É causado também por tratamento de hipertireoidismo, cirurgia de tireoide, radioterapia e medicamentos como por exemplo o Lítio (usado em tratamento de problemas psiquiatricos).



O hipertireoidismo: a glândula passa a funcionar de forma irregular produzindo o hormônio excessivamente. Em um período de tempo curto caracterizado como agudo ou longo como crônico, várias doenças podem causar este problema como a Doença de Graves de condição autoimune, causada pelo próprio sistema de defesa, levando ao funcionamento excessivo da tireoide.
Uma das causas é o consumo excessivo de iodo, inflamação da tireoide, devido a infecções virais ou tireoide pós parto, tumores não-cancerígenos da tireoide ou da glândula pituitária (hipófise), superdosagem de hormônios da tireoide, tumores nas gônadas masculina e feminina.


DIAGNÓSTICO

Para o diagnóstico do hipotireoidismo será necessário a realização de exames como dosagem de TSH, T3 e T4 no sangue. Estes exames são solicitados rotineiramente para paciente acima de 60 anos, sendo mais comum em mulheres.
Para diagnosticar o hipertireoidismo será  necessários exames físicos, para detectar se há aumento de volume da glândula tireoide, podendo revelar tremor, reflexos, hiperativos ou frequência cardíaca acelerada. Será realizada uma anamnese para encontrar vestígios da doença na árvore genealógica da família. Também serão solicitados exames de dosagem dos hormônios específicos da tireoide no sangue e o Teste de capitação de iodo radioativo.

TRATAMENTO

Após a confirmação do diagnóstico deve ser realizado com brevidade o tratamento, que depende da avaliação da causa da doença de cada paciente.
No hipotireoidismo será administrado o hormônio T4 em sua forma sintética para reverter os sinais e sintomas.
No hipertireoidismo pode ser tratado com medicamentos antitireoidianos, ingestão de iodo radioativo, que nesses casos o paciente terá que tomar comprimidos para a reposição dos hormônios tireoidianos, pois este procedimento destrói permanentemente a tireoide.

* Em caso de remoção da glândula tireoide o uso dos hormônios tireoidianos também será permanente.












REFERÊNCIAS:
HIPERTIREOIDISMO E HIPOTIREOIDISMO
Hipotireoidismo: sintomas, tratamentos e causas
Hipertireoidismo: sintomas, tratamentos e causas
Hipotireoidismo - Sintomas e Causas
Entendendo a Tireoide: Hipertireoidismo

Artigos:
HIPOTIREOIDISMO E HIPERTIREOIDISMO – UMA BREVE REVISÃO SOBRE AS DISFUNÇÕES TIREOIDIANAS
Consenso brasileiro para o diagnóstico e tratamento do hipertireoidismo: recomendações do Departamento de Tireoide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia

O SISTEMA VISUAL

VISÃO O sentido da visão é complexo e elaborado. É importante conhecer as características da onda luminosa. Vejamos a figura a seguir: ...

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